segunda-feira, 4 de maio de 2015
ESTUDO DA PROPOSTA CURRICULAR – PÁG.17 A 49
ESTUDO DA PROPOSTA CURRICULAR – PÁG.17 A 49
Com o proposito de inteiração com a nova Proposta Curricular de Santa Catarina, percebeu-se o empenho de um grupo de profissionais da educação das diferentes redes, com o mesmo foco: - as diretrizes para a educação catarinense. O resultado obtido ao fim do processo foi o efeito de vario encontros, com muita discussão sobre o assunto, numa constante troca de experiências e ideias, até o entendimento do qual seria o caminho mais coerente a se seguir para trilhar a educação do estado de Santa Catarina.
A necessidade da reformulação da Proposta Curricular fica clara, no momento em que se avalia o sujeito que vem para a escola hoje, levando em conta sua evolução. É necessário que a escola evolua também para entender as necessidades mínimas do nosso aluno que muitas vezes vem “recheado” de informações e consegue competir com professor em conhecimento, de forma que, se o educador não responder às necessidades, aos anseios do seu educando, este se desmotiva e a escola torna-se para ele um espaço de horas perdidas.
Volta-se hoje a pensar e trabalhar pela escola integral, não como um projeto novo, porque escola integral é uma estratégia histórica que visa desenvolver percursos formativos mais integrados, complexos e completos, que considerem a educabilidade humana em sua múltipla dimensionalidade.
Desse modo é fundamental que as práticas pedagógicas a serem aplicadas nas unidades escolares levem em conta a importância do desenvolvimento de todas as potencialidades humanas: - físicas, motoras, emocionais, afetivas, artísticas, linguísticas, expressivo-sociais, cognitivas, entre outras, contribuindo desta forma para o desenvolvimento do ser humano como um todo. A escola hoje, precisa pensar e olhar mais a fundo o ser humano com quem trabalha, considerando seu estado emocional e afetivo, uma vez que, na era da tecnologia em que vivemos, as pessoas esquecem-se do olhar carinhoso ao próximo, substituindo esta demonstração por valores materiais. Nosso aluno vem de uma realidade, em que, muitas vezes não sabe o que é um abraço, uma conversa olho no olho, uma demonstração de afeto. Tudo o que fazem precisa ter algo em troca, “-se eu fizer tal atividade, o que eu ganho com isso”? Precisamos trabalhar com nossos alunos, os valores morais, desenvolver isso nas crianças desde bem pequenos para que cresçam mais “humanas”, que desenvolvam sentimentos de carinho, de respeito pelo seu semelhante. Tem individuo que tem dificuldade em manter dialogo com outro pessoalmente, pois está tão habituado a conversar apena por redes sociais, que o fato de estar frente a frente com outra pessoa deixa-o sem palavras, incapaz de manifestar-se, de manter um diálogo. O professor de hoje tem o desafio de dominar o conteúdo que vai trabalhar com seus alunos, dominar a tecnologia das quais o aluno entende, e entender as necessidades de cada aluno, para poder ajuda-lo, ou pelo menos entendê-lo quando entra em crise.
Dialogar com as diferentes formas do conhecimento exige pensar em estratégias metodológicas que permitam aos estudantes desenvolver formas de pensamento que lhes possibilitem a apropriação, a compreensão e a produção de novos conhecimentos.
O professor é o organizador da atividade e por isso sabe o que está em jogo no espaço da sala de aula: os conceitos e os conteúdos que permitem sua apropriação, as principais dificuldades em apreendê-los, as respostas que indicam se o conteúdo está sendo aprendido ou não, e as ações necessárias para redirecionar a busca de um nível mais avançado de conhecimento.
As escolhas inerentes ao trabalho pedagógico têm por finalidade permitir aos sujeitos a ampliação de seus repertórios culturais, sem negar aquilo que já sabem, mas num processo de ampliação dessas objetivações humanas, de modo que as vivencias com os diferentes elementos culturais lhes permitam experienciar modos de ser e estar no mundo; compreender quem são e como se constituem os sujeitos da educação básica.
Os processos de aprendizagem necessitam oferecer aos sujeitos um amplo leque de vivencias e de atividades ao longo de todo percurso formativo, haja vista que a realização de uma dada atividade não promove o desenvolvimento de todas as capacidades humanas; assim, importa que a escola promova atividades relacionadas a diferentes áreas do conhecimento, bem como a valores éticos, estéticos e políticos.
Cabe ainda destacar que, conforme Davidov (1988), o processo de desenvolvimento humano não é linear, por vezes, é contraditório. O percurso de desenvolvimento dos sujeitos encontra obstáculos, os quais se manifestam em períodos especiais que são chamadas de “crises”. As crises acompanham o desenvolvimento do ser humano e marcam a passagem de um ciclo do desenvolvimento do outro. Assim sendo, a crise é o ponto de viragem no percurso de desenvolvimento e diz respeito ao momento em que uma necessidade é substituída por outra.
A partir desse entendimento, a instituição escolar em questão toma para si possibilidades e necessidades de se relacionar com outras instituições, relação que exige dela clareza sobre seu papel, o qual precisa ser explicitado no Projeto Politico Pedagógico. O Projeto Politico Pedagógico, como um documento, um instrumento e um movimento da escola, carrega consigo a potencialidade de transformar em um fio condutor entre o contexto escolar e a comunidade, realçando o envolvimento da família, de modo que esta seja parte das decisões da escola. Cabe à escola, assim entender os sujeitos nessa relação indissociável com seu entorno.
A avaliação educacional é um dos elementos fundamentais no percurso formativo. Vincula-se ao desafio da aprendizagem como instrumento de continua progressão. Como processo, a avaliação deve reunir informações relevantes acerca de aspectos do currículo no percurso formativo, as quais subsidiam tomadas de decisão, ou ajustes, visando a promoção cada vez mais qualificada de aprendizagem.
A avaliação, assim concebida, constitui-se em prática investigativa, instrumento de decisão sobre atividades orientadoras de ensino que vem adotadas, de forma continua, sistemática, expressa num movimento permanente de reflexão e ação.
É importante que se constitua, ainda, num processo constante de diálogo entre diferentes sujeitos envolvidos no processo educativo, a fim de que possibilite o planejamento de ações no cotidiano escolar.
Professores e Direção.
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